13.4.11

Sec.XIX


Albert Edelfelt (1854-1905)

alimentos e uma confissão

eu já admirava profundamente o alimento "sopa" mesmo antes de ser fundamental para a salvação do meu filho. literalmente!

1.4.11

esperar versus esperança

Há muitas coisas na vida que não são para se entenderem. Isto aprende-se, com tempo e treinos exaustivos de paciência, ambos impostos pelas nossas circunstâncias. Fazer um elogio da esperança não é fácil. Já de si reconhecidamente apreciada, na teoria muito elogiada, o drama é quando se tem de a aprofundar na prática. É que ter esperança implica numa coisa chamada esperar...e é aqui que a coisa se complica. Hoje em dia ninguém quer esperar. O imediato tomou o lugar de muitos outros adjectivos que já nem chegamos a saber usar quanto mais pensar.

A esperança não é só uma palavra bonita usada em clichés que representam mal a "matéria" de que é constituída a vida. Não é suposto ser uma ajudita aqueles que precisam de alívio e de pancadinhas nas costas, como se se tratasse de um jeitinho psicológico a puxar à tranquilidade. A esperança tem de ser vivida enquanto se espera, por coisas de muita ou pouca importância. A esperança pura é uma condição de vida. E não tem medida, pode-se esperançar o quanto se quiser. Por muito difícil, por muito doloroso a esperança que se diz ser a última a morrer sobreviverá a todos nós. É maior do que nós.

E não é para se compreender, é uma questão de fé. A esperança pura não se decompõe matemática nem metafisicamente. Nem sequer se pode dissecar. Tem de se sentir, ceder-lhe sempre que somos assolados pelo pessimismo ou até pelo realismo. nasce de uma fonte que existe cá dentro mas que nos é totalmente estranha.

Só um coração cheio de esperança pode vencer uma cabeça humana, e vencer a vida também.

Sec.XIX


John William Godward (1861-1922)

humor negro

"...ah mas hoje não e um dia dedicado ao políticos portugueses? julgava que era!" (ouvido de passagem hoje dia 1 de Abril)