2.4.08

eu e o meu mau feitio!

hoje esqueci o telemóvel em casa, o que apesar de não me agradar também não me deixa propriamente menos apreciadora de um dia tão solarengo e de um céu tão azul. mas fez-me lembrar pequenas frases que ouço recorrentemente ao telemóvel, como se as pessoas ficassem estranhamente possuídas por um poder (ainda) maior de dizer disparates descomunais na posse directa do objecto. então e por ordem decrescente de quantidade de vezes ouvida:
- onde estás? (para cumprimento ao atender o telefone não está mal não senhora)
- podes falar? (sim, se atendi não estou afónica, nem com nenhum problema na boca...)
- quem fala? estás incógnita? (estou? se calhar sim! qual malfadado espião...)
- não atendi logo porque não conheci o número (não faz mal, eu aguento até, vá lá, 3 toques, hein?)
- agora não posso falar...(ah! no dentista! então porque cargas de água atendeste, hhhummmm?)
- está quieta, estou a ouvir-te aos soluços...( mau, isto faz lembrar o " não mexe, não respira" do raio x, caramba)
- liguei mas não me atendeste, o que é que estavas a fazer? (...?)
- "podesme " ligar? (não sei, talvez, mas também podia continuar já a conversa, não?)
- olha se deixares de me ouvir é porque a bateria acabou...ou noutra versão - isto vai acabar, olha isto vai acabar... (será o mundo? com tanta aflição...)
e a paciência também pode ser posta à carga, às vezes acho que a minha bateria "viciou"

2 comentários:

Ouriço disse...

Eu também me irrito com essas expressões mas também me irrita quando me esqueço do dito em casa. Que raio de dependência!

esquilo disse...

nem parece que vivemos tantos anos sem "eles", não é ?