23.2.10

anatomia da dúvida

eu sou uma pessoa que até nem tenho nada que fazer: dois cães, uma gata, dois filhos, uma na pré-adolescência e outro com uma doença rara, supostamente crónica e ainda por identificar devidamente, isto que não sendo óbvio corresponde já há um tempo a um emprego a tempo inteiro (com diário de "enfermagem" incluído que já vai no quarto caderno A4 just for the record), um marido, uma vivenda no campo (não entremos em pormenores), um blogue retomado e um fotolog. surge o desafio, sou incumbida de escrever a história do meu filho. e agora? não acho que toda a gente possa escrever livros a torto e a direito, quer dizer poder pode mas na realidade não devia. e passo para o blog? o blog não era para ter esta serventia. e como é que vou conseguir reviver novamente com detalhes o tempo em que se abriram literalmente as portas do inferno? e a forma? se interessará a algém, bom, digamos que sim, que nada disto importa e que é para ele um dia ler, que é só para ele.
tenho um novo projecto em mãos e a cabeça cheia da boa da dúvida. e com isto decidi que pelo menos podia escrever aqui esta forma de não estar só preocupada com a humidade e o inverno rigoroso.

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