os sentidos são tão importantes! e tantas vezes que os ignoramos em gestos diários mais ou menos automáticos.pela altura do Natal os meus sentidos reclamam atenção e eu dou...por isso em cada ano é sempre o mesmo e sempre diferente.com os olhos guardo e revejo as mesmas imagens: da família que se reúne, dos laços em cores garridas, da casa que se enche de vermelhos e dourados e outras luzes que piscam, das velas que se acendem, de uma mesa que se põe de muitas cores, da beleza que se quer imprimir a tudo pelo menos uma vez no ano...alguém dizia que devia haver uma ética da estética. e devia.com os ouvidos ouço o crepitar da lenha no forno grande (que sorte tê-lo) ou na lareira, a agitação na cozinha, gente que se saúda nas ruas (mesmo que não seja "costume"...), das crianças que correm e riem e perguntam mil vezes que horas são, da música que toca com guizos e ritmos diferentes.e depois, como eu gosto de meter "a mão na massa".porque à medida que junto cada ingrediente, as ideias vão serenamente ocupando o seu lugar certo. há uma cadência que me dá segurança, um ordenar que reconforta e me apazigua. procurar o ponto certo de cada iguaria antecipa o sorriso de quem vai provar...ou talvez esta seja apenas a minha forma de ser generosa, talvez a que sei melhor.do gosto apenas me ocorre dizer que muitas das iguarias que saboreio no Natal só o faço mesmo nesta época...provavelmente como tantas outras pessoas.o Natal é assim, uma festa tanbém para os sentidos.
o que nos leva ao gosto, ao paladar, de algo que só como nesta altura mas que me transporta a todos os outros anos como num filme que passa através das papilas e que tem um fim sempre feliz.
mas o mais importante dos sentidos que desperta para mim são os cheiros, uma festa de odores que se atrapalham uns aos outros mas ao mesmo tempo se respeitam.cada um nos eu sítio: o dos fritos, o do bacalhau, do pão (que só faço nesta altura),
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