descobri quase por acaso que ontem o meu avô paterno faria anos, se fosse vivo, claro. não sabia bem a sua data de nascimento. não tive o privilégio de o conhecer, o que muito me desgosta e sei poucas coisas sobre ele já que faleceu novo, deixando à minha avó o que deve ter sido um pesado fardo de cinco filhos para acabar de encaminhar, dos quais o meu pai, sendo o mais novo tinha apenas 16 anos...
a saudade e o carinho com que se fala dele junto com uma aguarela do seu rosto (pintada pelo meu pai, de memória) que toda a vida me acompanhou na parede da sala lá de casa, faz com que sinta saudades do que não vivi, do que não ouvi, do que não partilhei, do colo onde não me sentei...no entanto, há como que uma paz naquele olhar que sempre me reconfortou. um olhar límpido nuns olhos claros que não herdei nem senti...vive na mesma, comigo, numa perseverante ausência, sempre presente...
2 comentários:
Eu guardo uma pequena escultura, um busto, que o avô fez...
:))
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