28.12.07

Da violência intolerável...

"Porque era mulher e era livre; porque era civilizada e cosmopolita; porque pertencia àquele grupo social que pela educação e horizontes alargados não se submete ao reducionismo de uma religiosidade desesperada que se nutre do analfabetismo e do obscurantismo; porque acreditava na inevitabilidade da adesão do Islão à contemporaneidade; porque advogava tudo o que os inimigos da liberdade abominam; porque fazia frente à sharia, à lapidação, à justiça de sangue e à guerra santa, foi morta. Morta pelos barbas-de-açafrão, danada nas mesquitas e nas madrassas, Benazir não serve de desculpa aos amigos dos nossos inimigos. Não era serva nem factotum de Bush, não era ditadora nem violara os sacrossantos pergaminhos da democracia, não se lhe conheciam amizades sionistas nem jamais abdicou do véu. Eles odeiam tudo o que não entendem, pelo que hoje, mais que uma derrota da Liberdade, a morte de Benazir Bhutto é um claro demarcador entre a civilização e a barbárie." In blog Combustões

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